O Sofrimento Humano revela a antropologia filosófica que está por trás da logoterapia. Por muito tempo indisponível no Brasil, o livro abarca o conteúdo de duas outras obras, Homo Patiens e O Homem Incondicionado, e soma a isso vários textos que só estão reunidos aqui. Ele complementa O Que Não Está Escrito nos Meus Livros (que narra episódios biográficos de Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto), O Sofrimento de uma Vida sem Sentido (que introduz as ideias básicas da análise existencial) e Teoria e Terapia das Neuroses (que apresenta a psicopatologia frankliana). No volume são discutidos problemas como o livre-arbítrio, a mortalidade, a relação corpo-alma, o individualismo, o sociologismo e o niilismo. Também são abordados temas como sexo e esportes, além de ser explicitada a visão de Frankl sobre outras tradições psicoterapêuticas. A interação com filósofos contemporâneos é frequente, e assim se vai esboçando a antropologia sustentada pelo autor: movido pela vontade de sentido e pelo inconsciente espiritual, o ser humano - que é biopsicoespiritual - caracteriza-se pelo fato de transcender a si mesmo.