"Atirar pedras, espancar, torturar ou fazer barulho, ou bater panelas..., para assustar o inimigo evocando um estado de guerra primitiva, imaginária ou real, são traços e operações de poder arqueológicos, que deixaram a marca de horror que pressupunham na própria linguagem do futuro, reduzindo o sabido voo do espírito ao ato material sobre o corpo do outro. São traços do passado distante que podem voltar, como memória da forma, do ato e da coisa, e não do sentido, trabalho do pensamento que não existe aí."
Trecho de "Fascismo comum, sonho e história", de TALES AB'SÁBER
E AINDA NESTA EDIÇÃO:
Marxismo e Guerra - ÉTIENNE BALIBAR
Deslocamentos e instabilidades na ficção de Luiz Alfredo Garcia-Roza - ADRIANO SCHWARTZ
A Félix Guattari - GILLES DELEUZE
Rubem Fonseca e o caso do testemunho ficcional - LARA NORGAARD
Que horas são? - FRANCISCO ALVIM e ZUCA SARDAN
Canções pela vida toda - RONALD POLITO
Tentação. Uma leitura do conto de Clarice Lispector - FABIANE SECCHES
Nós não vamos pagar nada. Notas sobre Machado de Assis: por uma poética da emulação, de João Cezar de Castro Rocha - PEDRO MEIRA MONTEIRO
A obra como vontade: uma experiência de escritura com Roland Barthes - SOCORRO ACIOLI
Rap da República de Pindorama na "Alemanha - RENATA MARTINS
Chernobyl, 30 anos e um dia depois do desastre nuclear - BIANCA VASCONCELLOS